É o que diz a matéria de Aline Duraes publicada na edição 303 do boletim interno da UFRJ.
UFRJ e MEC decidem construir novo hospital universitário
“Não resta alternativa a não ser a demolição da parte abandonada do complexo”. É assim que o Ministério da Educação, através de nota divulgada à imprensa por meio de sua Assessoria de Comunicação Social, divulga o destino da “perna seca” do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da UFRJ.
Na nota, o órgão enfatiza que a parte aproveitável da edificação continuará a ser utilizada para atividades acadêmicas, mas antecipa que está discutindo, junto à UFRJ, a construção de um novo edifício para abrigar o hospital universitário. “Nossa população tinha a expectativa de que a ‘perna seca’ do HU fosse recuperada. Mas a manutenção e a reforma do prédio custariam mais do que construir um novo hospital”, explica José Marcus Eulálio, diretor geral do HUCFF.
Segundo José Marcus, a demolição começará o mais rápido possível e a previsão é de que, no início de 2011, o processo já esteja concluído. Em um primeiro momento, haverá a desconexão entre a parte desocupada e a área ativa do hospital. Pretende-se deixar um espaço de 200 metros entre os dois prédios. Depois de separada do restante do HU, a “perna seca” será, finalmente, implodida.
O novo hospital, segundo decisão de uma comissão formada por membros da Reitoria e do HUCFF e por arquitetos, abrangerá parte do terreno atualmente ocupado pela “perna seca” e parte do campo de futebol. “Vamos fazer o impossível para que, durante o período de demolição, o atendimento a nossos pacientes, na área ativa do HU, seja normal”, afirma José Marcus.
Tremor e ruído
A discussão acerca do destino da “perna seca” do HUCFF ganhou força depois da madrugada do dia 21 de junho, quando funcionários ouviram ruídos e sentiram um rápido tremor no prédio. A Direção Geral do HU, técnicos da área de Engenharia da UFRJ e membros da Defesa Civil do Rio de Janeiro inspecionaram a área e constataram abalo estrutural em dois dos pilares que sustentam a parte desocupada do edifício.
Imediatamente, a direção do HU suspendeu as atividades do hospital e iniciou obras de recuperação estrutural dos pilares afetados. Uma semana depois, o órgão estava funcionando normalmente, mas o episódio chamou a atenção da comunidade universitária para a necessidade do debate acerca da “perna seca” do HUCFF.
Já naquela ocasião, o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento (PR-3) da UFRJ, Carlos Levi, admitiu que a universidade cogitava a ideia de demolir a “perna seca”. “A gente vai se debruçar na análise das alternativas para essa área. Vamos considerar a possibilidade de demoli-la”, disse.
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